quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A ÚLTIMA NOITE DE PADRE PIO NA TERRA


Padre Pellegrino, relata seus últimos momentos, ele que sempre foi fiel e seu filho espiritual, muito dedicado.

Logo após as 21:00 horas do dia 22 de Setembro de 1968, quando Padre Mariano já se distanciava, eu entrei na cela, porque Padre Pio tinha me chamado pelo interfone, ele estava deitado, e queria saber a que horas o despertador estava marcado para despertar, ele estava preocupado com a missa.

De seus olhos avermelhados escorria uma lágrima que enxuguei e me retirei para a cela ao lado, mantendo-me acordado e prestando atenção no interfone.

Antes da meia noite Padre Pio me chamou cinco vezes, sempre com alguma lágrima nos olhos, mas era um pranto suave e tranqüilo, e pediu que eu ficasse com ele.

E começou a me perguntar as horas com muita freqüência. Olhava para mim com olhos suplicantes, apertando a minha mão.

Em seguida, como se já tivesse esquecido o correr das horas, perguntou-me;- você já celebrou á missa?

Ainda é muito cedo para a missa, Pai Espiritual! Respondi.

Bem...então esta manhã você celebra para mim? –perguntou-me.

Todas as manhãs eu celebro a missa em suas intenções.

Em seguida Padre Pio quis se confessar. Depois da Confissão Sacramental, disse-me:

-Meu filho, se Deus me chamar hoje, pede perdão em meu nome a todos os Confrades, pelo incomodo que lhes causei aqui e peça a eles e aos meus filhos espirituais uma oração pela minha alma.

-Pai espiritual, tenho certeza de que Deus lhe permitirá viver ainda por muito tempo. Mas, se o senhor estiver certo, em suas intuições, posso pedir uma última benção para seus Confrades, para seus filhos espirituais e para seus doentes?- perguntei.

-Sim, eu abençôo a todos! Mas, peça ao Padre Superior para ele próprio transmitir a minha benção aos nossos Confrades.

Em seguida, pediu-me para renovar seus votos de profissão religiosa. E já era 1:00 hora da manhã, quando me disse;

-Ouça, meu filho, aqui na cama não estou respirando bem. Ajude-me a passar para a cadeira, onde poderei respirar melhor.

Padre Pio costumava levantar-se entre uma e três horas da manhã, para se preparar para a missa. E costumava andar um pouco pelo corredor, antes de sentar-se para esta preparação.

Fiquei realmente muito feliz, quando o vi andando ereto e firme como um jovem, sem precisar de minha ajuda.

Á saída de sua cela, disse-me: Caminhemos um pouco até o avarandado (varanda).


Segurei-o pelo braço, ele mesmo acendeu a luz e chegou até perto da poltrona. Sentou-se e passou a vista pela saleta a que chamavam de varanda, como se estivesse procurando alguma coisa.

Decorridos uns 5 minutos, quis voltar para a cela. Tentei levantá-lo da poltrona, mas ele me disse;- Pode deixar eu me levanto.

Mas percebi que ele não estava agüentando o peso do corpo e disse-lhe:

-Pai espiritual, não se preocupe, enquanto já apanhava a cadeira de rodas que estava ao lado.

Levantei-o da poltrona e sentei-o na cadeira de rodas. E ele mesmo levantou os pés do chão, colocando-os sobre o pequeno estribo da cadeira.

Na cela, quando o transferi para a poltrona, ele me disse, apontando para a cadeira de rodas;

-Pode levá-la lá para fora.

Fiz o que ele pedia e, ao voltar, notei que o Padre estava muito pálido e um suor frio lhe umedecia a testa.

Assustei-me, quando percebi que seus lábios estavam lívidos. E ele repetia, com a voz cada vez mais fraca:

JESUS...MARIA...JESUS...MARIA...

Fiz menção de chamar um Confrade, mas ele disse;

-Não acorde ninguém!

Resolvi chamar assim mesmo e quando me afastei correndo de sua cela. Padre Pio me chamou.

Voltei sem coragem de atende-lo, mas quando ele me repetiu;- Não acorde ninguém! Apressei-me.

Eu só disse , deixe-me agir... E sai correndo para chamar Padre Mariano. Todavia, vendo a porta da cela de Padre Guglielmo, entrei correndo, indo diretamente ao telefone, para chamar o médico, Doutor Sala.

Em 10 minutos chegava doutor Sala que, ao ver o Padre, preparou imediatamente uma injeção. Padre Guglielmo e eu tentamos levá-lo até a cama para tomar a injeção.

Depois da injeção, resolvemos levá-lo de volta para a pequena poltrona, enquanto continuava a repetir, com um fio de voz:

JESUS...MARIA...JESUS...MARIA...

Em seguida, atendendo aos chamados de Doutor Sala, chegou Mario Pennelli, sobrinho de Padre Pio. Veio também o Doutor Gusso, Diretor da Casa Alívio do Sofrimento, e mais o Doutor Scarale. Chamados por mim, chegavam também o Padre Guardião, o Padre Mariano e outros Confrades.

Enquanto os médicos davam-lhe oxigênio, primeiro com a cânula e depois com a máscara, o Padre Paolo lhe ministrava a Unção dos Enfermos e os demais Padres, ajoelhados a sua volta, REZAVAM FERVOROSAMENTE.

E Padre Pio continuava: 

JESUS... MARIA... JESUS...MARIA...E inclinando docemente a cabeça, expirou.

ERAM DUAS HORAS E TRINTA MINUTOS DA MADRUGADA DO DIA 23 DE SETEMBRO DE 1968. NO MESMO INSTANTE A CELA DE PADRE PIO FOI INVADIDA POR INTENSO PERFUME DE FLOR DE LARANJEIRA, PERFUME ESTE QUE FOI SENTIDO SIMULTANEAMENTE POR TODOS OS SEUS FILHOS ESPIRITUAIS ESPALHADOS PELO MUNDO INTEIRO.

E também os seus Confrades, se deram de que suas mãos e pés do Padre Pio ESTAVAM COMPLETAMENTE LIVRES DAS CHAGAS.

Não havia o menor vestígio dos estigmas que o acompanharam por 50 anos. A pele de suas mãos e de seus pés parecia a pele de um recém-nascido. Ele agora era um recém-nascido diante de Deus, UM RECEM-NASCIDO PARA A VIDA ETERNA.

O Superior do Convento achou por bem, a fim de evitar sensacionalismo ou atos de fanatismo, nada revelar aos fiéis sobre o desaparecimento dos estigmas de Padre Pio, determinando que fosse velado e enterrado com as meias-luvas que sempre usara. E só 3 meses mais tarde o fato foi dado ao conhecimento público.

Em PIETRELCINA, cidade natal de Padre Pio, quando receberam a triste noticia de seu falecimento, os sinos de todas as Igrejas tocavam em festivo - GLÓRIA A DEUS PELA CHEGADA AO CÉU DAQUELE FILHO AMADO. AMEM.

Em San Giovanni Rotondo, ao ser divulgada a noticia da morte de Padre Pio, uma multidão incalculável irrompeu na IGREJA DE SANTA MARIA DAS GRAÇAS, para o último adeus ao Padre Pio, tão querido.

Centenas de pessoas vieram de toda parte do mundo para os funerais que se realizaram 3 dias depois.

A tampa do caixão de Padre Pio tinha uma parte de vidro, deixando antever seu rosto remoçado, tranqüilo e sereno.

Ficou decidido que o esquife seria colocado no alto de um carro, para dar uma volta pelas ruas principais da cidade, a fim de que todos os moradores de San Giovanni, idosos, inválidos ou doentes, tivessem a oportunidade de reverenciar e aplaudir PADRE PIO, em solene e emocionada despedida.

Enquanto isso, helicópteros militares sobrevoavam a cidade, deixando cair uma chuva de pétalas coloridas. 

ERA A APOTEOSE DE UMA GRANDE VIDA, DE UM GRANDE HOMEM, CUJA GRANDEZA ESTAVA JUSTAMENTE EM SE CONSIDERAR, PEQUENO DIANTE DE DEUS.

E Padre Pio foi sepultado na cripta da Igreja Santa Maria das Graças, túmulo novo, que ainda não tinha sido utilizado, COMO FOI O TÚMULO DE JESUS..

PADRE PIO NUNCA ESCREVEU LIVRO ALGUM. 
NEM PRECISAVA. 
ELE ERA UM DOS LIVROS MAIS BELOS DE DEUS.

JESUS CRISTO PREGADO NA CRUZ, PADRE PIO PREGADO EM JESUS.

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